quarta-feira, 25 de março de 2020

No Brasil, sem poder voltar, Lilian Ramos fala da vida na Itália e amizade com Berlusconi: 'Quase não pago nada'.

Cidadã italiana, radicada em Roma há 26 anos, Lilian Ramos está no Brasil desde dezembro e não testemunhou o começo da pandemia do coronavírus no continente europeu. “Vim para passar o Natal, cuidar do inventário da minha mãe e ficaria até o dia 28 de março. Não tinha nenhum caso ainda. Ninguém poderia imaginar uma tragédia destas”, conta ela, que agora não poide mais voltar para casa: “Só consegui remarcar passagem para o dia 15 de junho, pois já estava tudo lotado”.

Em Fortaleza, na companhia do pai de 92 anos que tem Alzheimer, Lilian tem dividido os dias entre a casa de 300 m2 que possui na capital cearense e os afazeres na rua com hora para voltar. “Vou ao mercado e à farmácia, tenho a ajuda de cuidadoras para o papai, estou sendo muito cautelosa, ele já não sai há muito tempo, e também não temos visitas. Quando saio, lavo bem as mãos ao voltar, uso álcool gel e desinfeto a casa”, enumera.
Lilian diz que ficou assustada com as primeiras notícias vindas da Itália e da Espanha, onde mora a irmã, o marido e dois sobrinhos. “Estão todos em quarentena. Minha irmã trabalha de casa, meus sobrinhos estudam online. Só meu cunhado, que trabalha em banco e tem que ir", relata: “Liguei também para o meu porteiro e ele disse que está tudo bem lá em casa e me avisou que é para eu não voltar, ficar na praia, porque a coisa lá está feia”.

Fonte: extra.globo.com

Postado por Alceir Lopes