Taís Araújo compareceu hoje
à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio de Janeiro. Ela
foi prestar depoimento sobre as ofensas raciais que sofreu através de
redes sociais. Taís ficou cerca de 01 hora e 30 minutos na delegacia e
não falou com a imprensa.
O delegado relatou que o representante dela entrou em contato com a
delegacia no fim de semana e foi comentado com ele o que pode ou não ser feito. Como o caso é de ação penal privada não tem registro, não tem nada. Será
instaurado inquérito e é preciso reunir provas e ouvir os envolvidos a partir
do momento em que o registro for feito. Funciona assim tanto para ela quanto
para qualquer pessoa.
O delegado ainda explicou que o caso se enquadra como
injúria racial e não racismo. Nos casos de ação penal privada, a vítima tem
que ir a delegacia e dizer 'eu quero que seja investigado'. Para os demais
crimes, de ação penal pública, ai não precisa de nada, a polícia pode agir. Por
exemplo, se fosse um caso de racismo não precisaria de nada, a polícia poderia
agir. Segundo o delegado, como o caso foi de injúria racial, em tese, pelo
que foi dito até agora - porque outros fatos podem surgir-, é preciso verificar
para poder afirmar se o fato é esse ou o fato é aquele.