Emoção foi a palavra-chave do encontro de Padre Marcelo
Rossi com seus fiéis, no Rio, nesta sexta-feira (11). Em um dos intervalos no
atendimento ao público, o padre conversou com o EXTRA e lembrou da sua
participação na 15ª edição da Bienal, em 2011, quando precisou sair de mão
enfaixada do estande da editora Globo. Desde então, prefere dar bênçãos
individuais no lugar de assinatura dos livros.
"Quando eu vim em 2011, eu causei um reboliço
danado. Aí prometi para eles que eu ia pegar um outro horário esse ano para
isso não acontecer de novo. A princípio seria no dia 7, no feriado, mas iria
ser muito tumultuado, então pedi para ser hoje (sexta-feira), nesse horário,
porque eu queria atender as pessoas sem senha. Isso é importante para mim:
atender a todos, até o último que vier aqui", contou ele.
A obra, explica Padre Marcelo Rossi, teve sua origem em
um momento difícil vivido por ele mesmo: "Eu passei por um período de
depressão e escrevi o livro. Com ele, graças a Deus tenho ajudado muitas
pessoas. Se você colocar no Google “Fotos do Padre Marcelo de 98”, nunca nenhum
padre tinha cantado em uma rede de televisão laica do mundo, tudo que era lugar
para mostrar o Evangelho eu fui. E o tempo foi passando. A gente escuta muita
coisa, ouve muitos problemas e não coloca para fora, a gente somatiza eles.
Fui
tomando anti-inflamotório, que incha o organismo e parei de fazer minha
ginástica. O básico em um ser humano é corpo, mente e espírito. Eu estava
cuidando do espírito e da mente mas o corpo, zero. Meu corpo chegou ao limite e
me cobrou. E aí veio a pressão, mas hoje graças a Deus estou bem. Ontem mesmo
caminhei 20 km.
Hoje só não caminhei porque ontem fiquei seis horas no
Aeroporto de Congonhas e preferi descansar", disse ele.Quando perguntado se alguma fez já teve seu trabalho como
religioso posto à prova, padre Marcelo Rossi não titubeou: "Quando eu
comecei, as pessoas questionariam. Hoje elas entenderam que essa é minha
missão: ser padre."
Fonte: Extra