quinta-feira, 9 de julho de 2015

'O Xibom bombom não deu dinheiro', conta a intérprete do hit, Carla Cristina

Antes e depois Carla Cristina  (Foto: Divulgação e Roberto Teixeira/EGO)

Quem é que não lembra da letra politizada e da coreografia animada de "Xibom bombom", hit de 1999? Foi a exemplo da música, "querendo se livrar de uma situação precária", que o grupo As Meninas chegou ao fim dez anos após o auge do sucesso, em 2009, por não render mais dinheiro suficiente para sustentar as oito integrantes, todas mulheres.

A banda teve algumas líderes, mas a que ficou marcada com o sucesso foi Carla Cristina, baiana de Salvador, que se dedica à carreira solo e aposta agora em uma nova profissão: apresentadora. Sua madrinha na televisão é ninguém menos que Marlene Mattos, que a trouxe para o Rio de Janeiro para comandar um programa de música no canal fechado "E+".
No camarim da emissora, enquanto se preparava para gravar a primeira chamada de "Couvert Artístico", a ex-vocalista de As Meninas conversou com o EGO. Ela relembrou sua época no grupo - quando participou tinha 20 anos, hoje está com 37 -  falou de como foi lidava com o sucesso e contou por onde andou nos últimos anos até decidir se dedicar à televisão e investir na carreira no Rio.
Carla Cristina (Foto: Roberto Teixeira / EGO)Carla Cristina (Foto: Roberto Teixeira / EGO)
"O 'Xibom bombom' estourou em Porto Seguro, entre 1999 e 2000, e conquistou o mundo. Tenho um irmão que mora na Itália com a esposa, e lá até hoje essa música toca e é tema de um comercial de uma casa lotérica. Uma amiga que vive no Japão também escuta direto por lá. O sucesso da música foi muito bom. A gente chegou a ficar cinco noites sem dormir, gravando TV, emendando com show, uma correria. Essa foi nossa rotina no auge do suceso. A gente só dormia encostada, praticamente uma na outra", relembrou Carla Cristina.
A cantora afirma que As Meninas não chegou ao fim por conta de brigas, como acontece com diversos grupos. "O que houve foi que elas começaram a mudar o foco do grupo, tocar funk e outros ritmos, que não era a praia da música baiana. Aí comecei a perder o interesse em ficar ali. Além disso, o grupo acabou por ser uma banda grande que não ganhava bem. O 'Xibom bombom' não deu dinheiro. Era claro que todas ali se dedicavam demais, davam um gás, mas tinham aquela insatisfação por não ter retorno. Eu saí antes, assim que acabou meu contrato. Eu o cumpri corretamente e depois disso elas continuaram mais um tempo. Hoje, duas meninas da banda ainda tocam comigo e me acompanham nos meus discos solo. Somos amigas", conta Carla