Raynner
Souza e Wilton Carlos, ex-empresários do cantor Cristiano Araújo, passaram os
primeiros meses de 2015 envolvidos em um projeto que foi tratado como
"segredo de estado" no escritório Yasmin Music, em Goiânia.
O grupo
Troia, primeira boy band sertaneja da história, foi formada de maneira sigilosa
e sem nenhum alarde. Só agora, com a primeira música lançada, que o projeto
começa a ser divulgado na mídia e no mercado musical. Raynner explica que a
estratégia serviu para não criar concorrência no competitivo segmento
sertanejo.
—
Escolhemos trabalhar assim e deu certo. Convidamos cantores que já conhecíamos
e não fizemos da formação do grupo um grande concurso de calouros, como costuma
ser entre as boy bands. Essa era uma ideia que já existia há muitos anos, mas
que só colocamos em prática após nosso rompimento com o Cristiano.
Os
cantores escolhidos para a banda tem entre 11 e 20 a nos. Hugo Henrique, o mais
novo, é um dos cantores mirins mais admirados do Brasil na atualidade e assume
a voz principal em muitas músicas e refrões do primeiro disco da banda Troia.
Felipe, o mais velho, é irmão de Hugo e fazia dupla com PH, de 19 anos, que
também foi escolhido. Completa a formação Michel, que foi descoberto ao fazer
uma participação em um show de Cristiano Araújo no ano de 2010.
Embora a
ideia seja inédita no sertanejo, Raynner sabe que há riscos em investir em um
formato que há anos não revela nenhum grupo de sucesso no Brasil.
— O nosso
diferencial é que os cantores são amigos e tem uma harmonia interna. É
diferente de quando você escolhe desconhecidos para trabalhar juntos. Além
disso, eu acredito que é o momento certo para uma boy band sertaneja aparecer.
Se os jovens ouvem tanto pop e sertanejo hoje em dia, por que não aliar esses
dois ritmos em um formato assim?
Raynner
explica que os investimentos para o grupo foram feitos diretamente por ele e
pelo pai, Wilton. O projeto ambicioso não custou barato, até por isso os
empresários querem expandir a atuação do Troia em shows internacionais. Para
conquistar fãs gringos, eles gravaram uma versão em inglês e castelhano de Ainda,
primeiro single e clipe.
— Temos o
projeto de levar os rapazes para shows em toda a América Latina. E, apesar do
sertanejo não ter tanto sucesso fora do Brasil, eu acredito que a nossa
proposta terá aceitação em outros países. É uma ideia que pode ser bem aceita
por quem é de fora do Brasil.
Para os
jovens integrantes da banda, o maior desafio é correr contra o relógio para
apresentar um show com mega produção até outubro, quando a turnê começa. Ao
contrário de outras bandas do estilo, Hugo Henrique explica que o Troia não vai
ser tão focado em danças e terá foco principal nas vozes e instrumentos.
— Vamos
dançar também. Tanto que até temos visto clipes e shows do Backstreet Boys para
nos influenciar. Já estamos ensaiando desde o início do ano. O show vai ser
parecido com o de grande astros internacionais, mas estamos mais para Bee Gees
do que para Menudos.
Fonte: Portal R7