Paula
Toller passou suas quase quatro décadas de carreira lutando contra a fama de
antipática, de difícil, e tendo que lidar com críticas que questionavam seu
talento como cantora e compositora. Hoje, aos recém-completados 58 anos de
idade, essa já é uma luta deixada para trás. E a musa do pop brasileiro surgiu
leve, risonha e deu até, literalmente, um beijinho no ombro para antigas
perseguições.
Numa cada vez mais rara
entrevista, Paula transformou a conversa que teve na live com o pesquisador
musical Rodrigo Faour numa pintura íntima, falando de virgindade ao fim do Kid
Abelha; dos incessantes convites para posar nua ao seu lugar no mercado atual;
do título de musa à maternidade, quando chega a se emocionar. Como diria numa
de suas canções: vem, amor, que a hora é essa.
Cancelamento
"Apanhei muito. Hoje
em dia fala-se muito de cancelamento, mas eu sou cancelada pela crítica há
décadas. Estou acostumada. Era um massacre, um bullying. Atualmente teria mil
nomes para isso. É claro que eu também estava aprendendo. Fazia um monte de
coisa que deu certo e um monte de coisa que não deu. Mas eu tinha, sim, a
ambição de ser uma compositora, uma cantora, uma artista".
Fim da banda
"Tenho o maior
respeito, e o Kid Abelha para mim não é nenhum tabu. É uma coisa que só foi
boa. Acabou porque tinha que acabar porque não seria mais boa. Tem uma hora que
os personagens não cabem mais em você. Sinceramente tive muita sorte de fazer
sucesso muito cedo, de fazer um grande sucesso muito cedo. Estou falando de
coração. Só tenho boas lembranças. Tudo de bom que tenho na vida foi a música
que me deu. Até o Lui (Farias, marido)".
Fonte: extra.globo.com
Postado por Alceir Lopes