Fernanda Montenegro, que completou 90
anos de idade em outubro, revelou que pretende trabalhar menos em 2020. Ela,
que este ano lançou três filmes (A
Vida Invisível, O Juízo e Piedade),
esteve em novela (A Dona do
Pedaço) e ainda lançou sua biografia (Prólogo, Ato, Epílogo) deve desacelerar no
ano que vem, mas nega a aposentadoria.
"Espero descansar um
pouco. Este ano eu trabalhei muito. Foi um dos anos em que eu mais
trabalhei", disse ao TV
Fama. "Fiz três filmes, fiz novela, documentário. Lançamento
do livro, e aí fiz 90 anos, houve festa. Fiz leituras do Nelson [Rodrigues] pelo
Brasil", analisa a diva da dramaturgia brasileira. Porém, não descarta se algum
projeto lhe agradar. "Se aparecer algum trabalho que me toque, eu vou e
faço", concluiu. Em entrevista à
Quem, ela falou sobre a defesa da liberdade de expressão nas artes.
“É difícil. Sem cultura não
há educação e sem educação não há cultura. Eu não entendo o que está
acontecendo com este país, tantos xingamentos. Não sei porque essa agressão em
torno de nós. Não há explicação. É uma nova moralidade que condena qualquer
estrutura contrária ao seu Deus”, pontua. Ela também se pronuncia sobre
os cartazes de filmes históricos do cinema nacional que foram retirados das
paredes da Ancine, pela nova direção. “Nós somos imorredouros. Nós sobrevivemos
uma vez. Desta vez, é uma forma assassina. Se eles pudessem estaríamos todos
num paredão e eles atirando em nós com metralhadoras.”
Fonte: revistaquem.globo.com
Postado por Alceir Lopes